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03/04/2013 16:22:00 - Aumento de 2% do IPI para cerveja preocupa fabricantes

O câmbio desfavorável torna mais cara a compra de commodities como açúcar e malte. A demanda está em desaceleração e, desde a segunda-feira (01/4), o IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) para cerveja carrega um aumento real de 2%. A combinação desses fatores macroeconômicos e de mercado deixa João Castro Neves, presidente da Ambev, com o "otimismo neutro" para 2013.

"Este vai ser um ano mais difícil que a média dos dois últimos anos", afirma Castro. O impacto nos preços da cerveja virá, mas não é imediato. No ano passado, o preço da cerveja no País subiu 13,56%, segundo o IBGE, que mede o índice da inflação oficial, o IPCA. Esse índice geral fechou 2012 com alta de 5,84%.

O comando da Ambev costuma dizer que baliza o aumento de preço de seus produtos de acordo com a inflação. O ideal, num horizonte de dez anos, é que o preço da cerveja suba de acordo com a inflação, observa o presidente da Ambev. "Desta vez deverá ficar acima desta média", diz.

Para o diretor executivo da Cerv Brasil (Associação Brasileira da Indústria da Cerveja), Paulo Petroni, a indústria estava preparada para este aumento previsto para acontecer uma vez a cada semestre pelos próximos três anos. "Mas é um fator ofensivo a mais no crescimento que já não está tão alto". No primeiro trimestre deste ano a produção de cerveja somou 3,3 bilhões de litros, segundo o Sicobe (sistema da Receita Federal), com queda de 0,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

Castro Neves trabalha com a possibilidade de o governo reverter a decisão de aumentar a carga tributária da cerveja a cada seis meses. "Estamos sempre dizendo ao governo, explicando o peso do setor na economia e que podemos ajudar no crescimento do País", diz ele. Segundo a Cerv Brasil, o setor emprega 1,7 milhão de pessoas e equivale a 1,7% do PIB.

"O que torna 2013 interessante é que teremos de fazer um plano estratégico para enfrentar aspectos negativos deste ano e balancear com os positivos do ano que vem com a Copa do Mundo, eleição e aumento de volumes", diz o presidente da Ambev.

Para este ano, Castro Neves fala em adotar medidas cirúrgicas, com aceleração e desaceleração tão rápidas quanto os movimentos do mercado. Ele dá um exemplo: o estoque pode ser ajustado para baixo, mas sem comprometer a oferta futura do produto. É um ajuste fino já que as compras de alguns insumos são feitas com 12 meses de antecedência. "Uma das nossas virtudes é a adaptação rápida aos cenários do mercado",conclui o executivo.