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29/04/2011 10:17:00 - Supermercados investirão mais em obras

São Paulo - Para ampliar a gama de atendimento a todos os bolsos e regiões, além de reduzir os investimentos mais pesados com os hipermercados, o setor supermercadista vai investir mais em pontos de venda de diferentes tamanhos (multiformatos) este ano, e esta tendência responderá por mais da metade dos R$ 3,76 bilhões a serem aplicados pelas empresas do ramo em 2011. Segundo o levantamento feito pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), diferentemente do ano passado, em que a aquisição de lojas ou pontos comerciais era o forte, o segmento deve buscar maneiras de segurar mais o caixa, por causa das medidas governamentais para tentar segurar o aumento da inflação neste ano.



Em 2011, os supermercados devem investir 51,9% na construção de lojas, 17,3% em reformas, 14,8% na aquisição de terrenos e 2% na aquisição de pontos de venda. No ano passado o setor aportou 31,3% dos recursos na construção, 25,8% para aquisição de pontos de venda, 16,1% para reforma e ampliação de lojas e 4,6% em aquisição de terrenos. "Este ano o foco de varejistas como Pão de Açúcar, Carrefour e Walmart será a construção de vários tipos de loja, para aumentar a atuação em lugares em que ainda não estavam posicionados e, com isso, atrair um público diversificado", explica o presidente da Abras, Sussumu Honda.



Inflação

Para que estes novos players tenham um bom fluxo de vendas em 2011, os empresários do setor acirrarão, também, as negociações com as indústrias alimentícias e fornecedores em geral, com o propósito de tentar barrar o avanço da inflação. Para o presidente da entidade, o impacto deve ser o menor possível, pois os empresários estão buscando métodos para conter uma alta exagerada dos preços. "Hoje, o consumidor já sente uma pequena alta nas commodities, por exemplo. Nos próximos meses, porém, isso tende a se estabilizar novamente. Para isso as empresas varejistas já começam a conter custo nas suas despesas internas", enfatiza Honda. A partir desta medida, a entidade mantém a projeção de crescimento de 4% para este ano.



Os produtos que já sofreram as maiores altas foram: cebola, a 22,56%; batata, 17,94%; tomate, 11,93%; e ovo, 4,28%. Os produtos com as maiores quedas foram: biscoito maisena, 4,22%; pernil, 3,85%; e feijão, 3,53%. Se a análise for feita por região, o sudeste, por exemplo, teve alta de 0,02% em sua cesta, frente às demais regiões brasileiras, que apresentam quedas que variam entre 0,21% e 1,2%.



Resultado

O setor alcançou um faturamento de R$ 201,6 bilhões em 2010, ou seja, 5,5% acima do número de 2009. O número de lojas chegou a 81,1 mil (aumento de 3,6% em relação a 2009) e a área de vendas a 19,74 milhões de metros quadrado (aumento de 2,8%). O lucro líquido médio ficou em 1,9% sobre o faturamento. Quando o assunto são vendas, o mês de março deste ano teve alta de 9,28%, na comparação com o mês anterior, mas 1,94% em relação ao mesmo mês de 2010.



No acumulado, o primeiro trimestre deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado, a alta foi de 2,79%. Em valores nominais, março apresentou aumento de 10,14% sobre fevereiro de 2010 e alta de 8,37% em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado do trimestre as vendas cresceram 9,06%. "O crescimento das vendas no mês de março, em relação ao mês anterior, se explica pelo efeito calendário, pois são 31 dias contra 28 em fevereiro. Já no acumulado, a tendência de crescimento permanece, mas com menor impacto, 2,79% em relação ao mesmo período em 2010. Resultado esperado, pois neste ano o primeiro trimestre não contou com as vendas de Páscoa, que serão contabilizadas em abril", como explicou Sussumu Honda.



As três maiores redes supermercadistas do Brasil, Pão de Açucar, Carrefour e Walmart, representaram 43% do faturamento do setor - aumento de três pontos percentuais em relação a 2009. As cinco maiores empresas tiveram uma participação de mercado de 46%. Já as dez maiores têm 51% de mercado - três pontos percentuais a mais do que no ano anterior.



Segundo dados da pesquisa Abras, o centro-oeste por exemplo, subiu a sua importância no faturamento de 4,6% para 6,9% e o norte-nordeste aumentou de 15,8% para 19,7% na mesma data. Quem amargou uma queda foi o sudeste que passou de 57,4% para 54,1%. Segundo o presidente da entidade, o aumento de importância de algumas locais do País se deve o aumento de polos industriais que se formam fora do eixo Rio de Janeiro-São Paulo, e como consequência, o varejo também é atraído para atender as necessidades dos moradores.

" A desaceleração do sudeste não significa que os estados pertencentes a esta região não sejam importantes, e sim que, os outros locais também se destacam de maneira positivo no cenário supermercadista nacional", explica o presidente da Abras.

 

Fonte: DCI