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28/04/2011 08:02:03 - Minas vai exportar mudas cítricas para a África

Dona Euzébia e Astolfo Dutra, municípios vizinhos localizados na Zona da Mata mineira, estão cada vez mais distantes do período em que a sua economia era sustentada somente pelo cultivo da cana-de-açúcar e do fumo. Até 25 anos atrás, a usina de açúcar e álcool localizada em Astolfo Dutra ainda era a principal geradora de empregos na região, mas a produção de mudas de frutas, plantas ornamentais e florestais, desenvolvida por agricultores familiares, já se mostra expressiva principalmente em Dona Euzébia. O município lidera a produção de mudas no estado e poderá iniciar exportações diretas do produto para a África no segundo semestre.

De acordo com a Câmara Técnica de Fruticultura do Conselho Estadual de Política Agrícola (Cepa), criada pela Secretaria da Agricultura de Minas Gerais, Dona Euzébia é atualmente o segundo produtor nacional de mudas cítricas (principalmente laranja, limão e tangerina) depois de Limeira, em São Paulo. Dona Euzébia deve responder por cerca de 3 milhões dessas mudas em 2011. O extensionista Virgílio Machado de Almeida, do escritório local da Emater-MG, considera que as exportações diretas daquelas mudas para os países africanos, desembarcadas em Angola, deverão fortalecer a produção. Ele diz que a empresa de extensão dá suporte a mais de 300 produtores em Dona Euzébia, prestando assistência técnica diretamente a mais de cem viveiros.

 Exportações

O trabalho dos técnicos da Emater para o aprimoramento da produção de mudas foi reconhecido por representantes de Angola que visitaram Dona Euzébia depois que produtores mineiros estiveram na África. Esse intercâmbio teve a participação do presidente da Cooperativa dos Produtores e Comerciantes de Mudas de Dona Euzébia, Romildo Pereira. Ele informa que, em novembro de 2010, integrou uma missão para encontrar produtores e técnicos envolvidos em programas de produção de frutas cítricas em Angola.

“Depois dos contatos que fizemos com esses grupos e representantes de organizações que têm potencial para adquirir o nosso produto, tivemos condições de acelerar a criação de uma empresa exclusivamente para a exportação de mudas”, diz Pereira. O produtor acrescenta que dentro de dois meses a empresa deve ter autorização para funcionar, e acredita que terá um considerável reforço na receita de sua propriedade com as exportações diretas para a África.

Por enquanto, as exportações mineiras de mudas para o continente africano são feitas por meio de uma empresa do Rio de Janeiro. Em 2010, Pereira participou com embarques de um volume aproximado de 15 mil mudas de frutas cítricas, e agora está se preparando, com outros três produtores da cidade para atender aos primeiros contratos de venda direta.

 

Fonte: Globo Rural