Levantamento da Nielsen aponta que as classes com menor renda consumiram no ano passado mais categorias de produtos do que em 2002. Para se ter uma ideia, o público C passou a comprar 39 diferentes tipos de mercadorias, contra 28 de oito anos atrás. As classes D e E também aumentaram sua cesta de compras de 21 para 39 categorias. A justificativa para a alta no consumo é o aumento da renda.
O estudo da consultoria também aponta que os mais pobres continuarão liderando o crescimento das vendas no varejo. Mas, neste ano, o consumo será puxado principalmente pelas classes C2, com renda média familiar de R$ 933, e D/E, com R$ 618. “Até o ano passado, quem liderava a expansão eram os consumidores C1 (renda de R$ 1.391) e C2. Em 2011, as camadas da base da pirâmide entrarão cada vez mais em novas categorias e novos segmentos”, afirma Luiz Carlos Gaspar, analista de mercado da Nielsen.
Esses consumidores também se tornarão, ano a ano, mais exigentes, o que eleva o desafio de atendê-los adequadamente. “A classe C está aplicando mais seu dinheiro em educação e cada ano de estudo representa 15% a mais no salário”, explica Renato Meirelles, sócio diretor do instituto Data Popular.
Fonte: Supermercado Moderno