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07/02/2011 13:49:08 - Produtos congelados e desidratados crescem na preferência do consumidor

Mudanças nos hábitos alimentares dos brasileiros estão na mira de empresários do varejo que apostam em produtos ligados à conveniência e que facilitam a vida do cliente. Ou seja, investem na equação menos tempo livre, mais rentabilidade. Pesquisa inédita da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia) indica que o segmento de congelados e desidratados, prontos para consumo, cresceu 13,9% em 2010, movimentando R$ 6,3 bilhões ante R$ 5,57 bilhões em 2009.

O relatório da Abia, com o balanço geral do ano, usado como termômetro por investidores do setor, será divulgado nas próximas semanas, mas, de acordo com o gerente do departamento de Economia e Estatística da associação, Amilcar Lacerda de Almeida, o salto no faturamento de congelados e desidratados é um forte indicativo de que a demanda por alimentos prontos e semiprontos é expressiva no país.

Segundo Almeida, no último ano, o mercado nacional presenciou um boom de novos consumidores descobrindo a praticidade e a comodidade de comprar alimentos congelados – principalmente massas – e desidratados, como frutas secas. “Foi um dos crescimentos mais expressivos em 2010, se compararmos com carnes, conservas e laticínios, por exemplo. Além de mais práticos, alguns itens conquistaram o gosto do consumidor pela qualidade e, hoje, saem até mais baratos do que uma refeição preparada na cozinha”, explicou.

A aposentada Terezinha Tanure é um exemplo de dona de casa que adotou o ritmo de vida do consumidor moderno e, há alguns meses, passou a incluir na lista de compras itens que antes preferia preparar por conta própria. “Compro três pacotes de pão de queijo congelado toda semana. É bem melhor que fazer a receita ou comprar na padaria”, comentou.

O superintendente da Associação Mineira de Supermercados (Amis), Adilson Rodrigues, explica que há uma tendência mundial de os supermercados se tornarem solução em alimentação pronta, econômica, segura e rápida. “As mulheres hoje trabalham fora e não têm tempo de fazer comida em casa, o empresariado naturalmente busca responder o desejo do consumidor”. Segundo ele, na década de 1970, os congelados representavam de 1% a 2% das vendas, hoje, chegam a 30% do faturamento dos supermercados, que atingiu R$ 12,4 bilhões no ano passado em Minas.

O público-alvo dos alimentos de conveniência, que, além dos congelados e desidratados, incluem também massas resfriadas e bandejas de frutas, legumes e verduras já picados, não são só os solteiros. Para o supervisor da linha gourmet da rede Super Nosso, Luiz Kayser, casais também priorizam a facilidade. “O mix de alimentos de preparo rápido é cada vez maior e o consumidor está aprovando isso. Só no ano passado, nossas vendas aumentaram cerca de 70% nessa área”, afirmou.

Recém-casada, a advogada Renata Dumont diz que grande parte dos gastos mensais com alimentos vai para os congelados e frutas desidratadas. “Não tenho empregada e muito menos tempo de fazer tudo o que gostaria na cozinha. Acabo comprando o que me parece prático e saudável”, disse. 

Investimentos

Além do tradicional pão de queijo, o diretor-presidente da Forno de Minas, Helder Mendonça, aposta que o crescimento vertiginoso na demanda por congelados, em geral, é oportunidade de incrementar o faturamento da empresa. “O plano para 2011 é investir R$ 25 milhões em novos produtos. Folhados e palitos de queijo já estão sendo comercializados, e no segundo semestre, vamos ter outras novidades, como massas prontas, tortas, empadas e pão de batata.”

Já a engenheira de alimentos Sabrina Marangon, gerente de qualidade da Sorvete Salada, acaba de desenvolver um produto que deve agradar o público de diferentes idades: açaí pronto para consumo que vai ser vendido em gôndolas de supermercado. “Queremos conquistar quem não se alimenta em casa, mas também a mãe que manda um lanche prático para o filho na escola e o jovem que tem pouco tempo para almoçar”, afirma.

 
Destaque no ramo dos alimentos desidratados, a meta da Ville Frut é aumentar em 150% as vendas da barra de frutas secas em 2011. Segundo o gerente de marketing da empresa, Bruno Saliba, outros itens, como o funghi secchi também tem a procura crescente. “Os benefícios dos alimentos desidratados estão sendo descobertos pelos consumidores.”

 

Fonte: Abras