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18/08/2009 17:20:15 - Preço do leite sofre reajuste, mas ainda é menor do que há 2 meses

O leite longa vida, que neste ano entre os alimentos está sendo o campeão de oscilação de preço, teve nova alta. Nas gôndolas dos supermercados, o produto está 13% mais caro que no início do mês, mas o valor ainda é menor se comparado com o de dois meses atrás, quando a caixinha de um litro de leite chegou a ser comercializada por R$ 2,70 em Bauru.

Atualmente, o preço médio do leite na cidade é de R$ 1,80 o litro. Segundo o gestor de compras Teder Senis, em alguns supermercados que ainda têm estoques adquiridos no período dos preços baixos, o leite longa vida ainda é vendido entre R$ 1,65 e R$ 1,70.

“Fechamos o mês com os preços baixos, mas já houve reajuste e o preço do leite está caminhando para o normal. Em julho e início de agosto, o preço caiu, aproximadamente, 30%, mas já recuperou 13%. Isso mostra que o valor ainda está bem abaixo do comercializado nos meses de abril, maio e junho”, revela.

A oscilação do preço do leite é resultado de diversos fatores. A assessoria de imprensa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Pecuária Sudeste explica que há 15 anos o preço do litro do leite é liberado e a oscilação do valor ocorre em todas as etapas - produtor, usina, laticínios e varejo.

Segundo o gestor de compras Alecsandro Dias, um dos fatores que impulsionou a queda no preço do leite no mês passado foi a entrada do produto da região Sul no Estado de São Paulo. “O Sul é uma das maiores bacias produtoras de leite do Brasil e começou a distribuir o produto no Estado. A oferta maior de leite aumentou a concorrência entre os produtores, fato que influenciou na queda dos preços”, explica.

Mas Senis ressalta que a redução de preços por conta da concorrência entre os laticínios durou pouco. “A situação ainda não é ruim para o consumidor, pois o preço ainda é menor, comparado a preços do início do ano”, afirma. A entressafra é outro fator responsável pelo aumento do valor do leite.

A chamada “entressafra do leite” é provocada pela seca, quando o pasto rareia e o agricultor é obrigado a aumentar a compra de ração para o gado para manter a produção leiteira. Apesar dos meses de inverno terem registrado significativas chuvas, os produtores ainda foram afetados. Segundo a assessoria da Embrapa, o produtor que investe em tecnologia e que previne antes do inverno sofrem menos com a seca, ou seja, não amarga redução significativa na produção de leite.

O agrônomo Paulo Roberto Gullo Filho explica que alimentação do gado é composta por um volumoso (responsável pelo fornecimento de energia para o animal) e um concentrado (responsável pelo fornecimento de proteína). O volumoso pode ser composto por cana e uréia ou milho e sorgo. Já o concentrado são grãos que podem ser farelo de soja, de algodão, de trigo, entre outros.

“O volumoso, por ser feito cerca de dois meses antes em forma de silagem, é muito mais barato do que a ração”, afirma. “No caso destes produtores que se previniram, a oscilação no valor de produção do leite no período de entressafra é menor”, finaliza o agrônomo. De acordo com Senis, até o fim da entressafra, previsto para setembro, o leite não deve ter reajustes significativos.

Fonte: Jornal da Cidade de Bauru