É o que mostra o resultado da enquete sobre a participação desse grupo nas vendas do autosserviço, que foi publicada no mês de janeiro no portal SM. A maioria dos participantes (45%) responderam que a classe C é responsável por mais de 51% das vendas de suas lojas. Para 36% representa de 31% a 50%. Outros 13% disseram que a participação vai de 21% a 30%. E para apenas 4% a classe C é responsável por até 20% das vendas. Para nenhum dos respondentes a participação desse público é de somente 10%. A tendência é que a representatividade da classe C nas vendas do setor seja ainda maior nos próximos anos. Até porque, esse grupo já é dominante do ponto de vista econômico. De acordo com estudo do Centro de Políticas Sociais da FGV (Fundação Getúlio Vargas), a “nova classe média” concentra 46,24% do poder de compra dos brasileiros, superando as classes A e B, que juntas detém apenas 44,12%. E com mais dinheiro no bolso, o comportamento de compra dessa parcela da população tem mudado rapidamente. Hoje, por exemplo, já desfruta do que antes não era possível. Para se ter uma ideia, dos R$ 43,4 bilhões que os brasileiros gastaram comprando produtos de higiene, beleza e cuidados pessoais em 2010, R$ 19,8 bilhões foram desembolsados pela classe C, segundo levantamento da consultoria Data Popular. O montante representa 45,6% do total e supera em quase R$ 4 bilhões as despesas das classes A e B com itens desses segmentos – o equivalente a R$ 15,9 milhões. Há 10 anos, o cenário era o inverso. A dica é ficar atento a esse novo perfil de compra da classe C, para garantir um mix de produtos e serviços que vá de encontro às suas necessidades. Essa é uma forma de cativar esse público, garantir sua fidelidade à loja e, é claro, vender mais. Crescimento constante Fonte: Supermercado Moderno
Hoje, a “nova classe média” já engloba pouco mais da metade dos brasileiros, cerca de 95 milhões de pessoas. Em 2008, 91,7 milhões de pessoas pertenciam a essa parcela da população. Os dados são da FGV.
