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30/12/2010 12:32:59 - Importados pressionam indústria nacional a produzir mais

Sentindo-se ameaçada pelos importados, a indústria brasileira agora pretende ampliar os investimentos na produção e aumentar o uso da capacidade das fábricas no primeiro semestre de 2011. O objetivo é aproveitar o crescimento acelerado do consumo doméstico e não perder espaço para os importados, revela Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

De acordo com a pesquisa, em 2010, a competição com os produtos importados aumentou para 59% das 1.196 empresas consultadas na comparação com o período pré-crise. Os setores mais afetados foram os bens intermediários, com 83% das indústrias registrando aumento da concorrência estrangeira, seguido pelos bens de capital (73%) e bens de consumo duráveis (68%).
 
A competição externa afetou menos os fabricantes de produtos não duráveis. Nesse setor, que inclui alimentos e itens de higiene e limpeza, por exemplo, 26% das companhias informaram que não têm competição externa, destaca o coordenador técnico da sondagem, Jorge Ferreira Braga.
 
Em relação ao Nível de Utilização de Capacidade Instalada (Nuci), 55% das indústrias pretendem aumentar esse percentual no primeiro semestre de 2011. Em dezembro, o Nuci voltou a subir na comparação com novembro (84,5%) e atingiu 84,9%, descontadas as influências sazonais.
 
Também mais da metade das companhias (51%) planeja ampliar os investimentos na capacidade de produção nos próximos seis meses, o que reduz o risco de pressões inflacionárias. Braga destaca que os menores indicadores de expansão do Nuci e dos investimentos programados para o primeiro semestre de 2011 foram observados nos bens de capital, setor que é mais afetado pela competição estrangeira.
 
"A indústria está tentando ir atrás de processos produtivos mais qualificados, com aumento da escala de produção, para enfrentar a concorrência dos importados", afirma o economista-chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Rogério César de Souza. O aumento da capacidade, combinado com mais tecnologia, torna viável redução de preço, explica o economista.

Fonte: Supermercado Moderno