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27/12/2010 10:47:30 - Atacado distribuidor aposta em 2011 promissor com troca de governo

Um novo ano começa e com ele se renova a esperança por parte dos empresários do atacado distribuidor, que em sua grande parte, acreditam que muito pouco tende a mudar no cenário econômico e social no Governo de Dilma Rousseff, uma vez que a Presidente eleita dá a entender desde o período de campanha, que partilha de ideais de seu antecessor e “mentor”, o Presidente Lula, e que dessa maneira dará continuidade a diversos projetos iniciados durante os oito anos de seu mandato.

Entre as promessas da então candidata a Presidência, esteve a Reforma Tributária, gargalo que dificulta a atuação das empresas no Brasil e tira o sono e o lucro dos empresários do atacado distribuidor. Durante o encontro dos Presidenciáveis da CNI – Confederação Nacional das Indústrias, no mês de Agosto de 2010, a então candidata Dilma garantiu que o tema será compromisso do seu Governo, classificando na ocasião a situação tributária brasileira como caótica. “A agenda da Reforma Tributária, simplificando o sistema, é o que tenho defendido desde que saí do Governo e passei a ser pré-candidata” afirmou. 

Por acreditar em um cenário previsível e de poucas mudanças na economia, além de uma possível adequação no campo tributário, o atacado distribuidor estima crescimento de 6% para 2011, o mesmo percentual traçado em relação ao PIB – Produto Interno Bruto do País, em detrimento aos 4,1% e 131,8 bilhões de reais de faturamento alcançados pelo setor em 2010.

É no campo tributário e de infraestrutura que reside grande parte da esperança dos empresários do setor em relação ao novo Governo. Juliano Cesar Faria Souto, sócio-diretor da Fasouto, de Sergipe, acredita que o Governo deve priorizar o ajuste fiscal para acabar com a diversidade de alíquotas e encerrar de uma vez a "guerra fiscal".

“É necessário simplificar e acabar a base de todo o mal, ou seja, a tributação tem que ser no consumo, acabando com o diferencial de alíquota entre operações internas e interestaduais e unificando os impostos num único imposto nacional e igual para todos, mudando a alíquota apenas de acordo com o produto. É voltar a Emenda Dorneles”, afirma.

Para Alencar Junior, diretor do Grupo Helga, no Ceará, existe a possibilidade real do Governo Dilma Rousseff realizar a “tão esperada” Reforma Tributária. “Acredito que teremos um Governo que dará continuidade ao crescimento sustentável que o País tem tomado, e que dará início a Reforma Tributária que tanto esperamos e precisamos, acredita.

Continuidade
De uma maneira geral, poucos empresários do setor acreditam em mudanças radicais praticadas pelo novo Governo na área econômica e social. “Nossas expectativas continuam muito positivas, pois não acreditamos que Dilma Rousseff tome medidas que possam interromper o ritmo atual de desenvolvimento do País”, afirma Flávio Almeida, diretor-comercial do Spani Atacadista, de São Paulo.

Na Distribuidora Souza Roxo, do Rio Grande do Sul, a expectativa de continuidade de um trabalho. “O País já vem maduro há algum tempo, creio que não teremos tantas mudanças. Será uma espécie de continuação do Governo passado. Em relação à Presidente ela deve se desvincular um pouco de Lula, talvez fazendo algumas reformas prometidas anteriormente”, acredita Luis Fernando de Souza, gerente-administrativo.

Para Evangelita Carvalho, diretora-financeira e administrativa, do Grupo Carvalho, do Piauí, muito pouco deve mudar. “O Brasil não nos promete surpresas, muito pelo contrário. A confiança do povo em um País bem estruturado, organizado e com base sólida, nos empolgada, no sentido de continuar investindo na nossa empresa e no Nordeste”, afirma.

Para Carlos Henrique Lima, diretor-administrativo e jurídico, da Distribuidora Tardelli, de São Paulo, o Brasil seguirá uma trajetória de crescimento e manutenção da inflação, o que deve encorajar as empresas a investir em estrutura e tecnologia. “Enxergamos uma tendência de manutenção dos rumos atuais da estabilidade econômica. Herança ou não de sementes plantadas no passado seja pelo Presidente Lula ou por outros Governos”, analisa.

Já a fama de ser energética da presidente Dilma Rousseff preocupa Alberto Portugal, diretor-comercial da Tambasa, de Minas Gerais, característica que na opinião do empresário pode criar dissabores e retardar o crescimento almejado. “Esperamos a continuidade da política econômica, mas tememos a linha dura que parece ter a Dilma”, declara. 

Nas empresas que atuam em setores que tiveram ótimo desempenho em 2010, como o da construção civil, segmento apoiado pelo Governo através da isenção do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados - as expectativas não poderiam ser mais positivas. Para Roberto Gomide, diretor-presidente da Condor Atacadista, do Distrito Federal, empresa que atua no segmento da construção civil, 2011 é de muito otimismo, em razão da concretização de projetos previstos pelo PAC – Plano de Apoio ao Crescimento, Minha Casa Minha Vida, além de obras programadas para eventos como a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016 que devem aquecer o setor. “Nossas expectativas são as mais otimistas possíveis. Vemos na conjuntura macroeconômica todos os indícios de mais um ano bom para a construção civil”, diz.

Na Dimacol, de Sergipe, que também atua no setor, às expectativas de crescimento se dão tanto em relação ao País, quanto a atuação da empresa no mercado. “Queremos crescer acima da media normal dos últimos três anos. Esperamos que as obras do PAC saiam cada vez mais do papel, e que com a permanência da isenção do IPI, as vendas do material de construção continuem a crescer”, afirma Venilton Araújo Frota, gestor-comercial.

Para Marco Matos, presidente da Coelho Distribuidor, do Rio de Janeiro, o mercado da construção civil deve continuar “indo bem obrigada”, porém, a preocupação persiste no campo da infraestrutura. “O aquecimento da economia e o olhar do Governo Federal  para a construção civil, mostra a maturidade com que estamos tocando nossa economia. A Dilma pode e deve colocar sua marca nos próximos anos, porém o fato de estarmos sendo puxados por esse setor deixa claro de que a estratégia em relação a ele terá continuidade. Preocupação sempre é com a infraestrutura para sustentar toda essa engrenagem” declara.

Fonte: Revista Distribuição