O Banco Central queria fechar o ano com 4,5% de inflação ao consumidor. Não vai conseguir: o índice deve ficar perto de 6%. Mais uma vez, a forte alta dos alimentos e bebidas está entre as principais razões.
Analistas estimam que 2010 se encerrará com aumento em torno de 10% nos preços do grupo de produtos que inclui alimentos e bebidas. A forte elevação das carnes, do feijão e do açúcar ajudaram a elevar o índice. “Houve um fenômeno global de expansão de consumo de alimentos a partir de 2007, o que, combinado com especulação nos mercados futuros, provocou um forte aumento dos preços das commodities”, constata Paulo Picchetti, pesquisador da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Em 2011, a expectativa é de que os alimentos continuarão jogando os preços para cima. Na projeção de Sérgio Vale, economista-chefe da consultoria MB Associados, a alta dos alimentos no ano que vem deverá ser de 8,9%, índice próximo aos 9,9% previstos para este ano.
Fonte: Supermercado Moderno