Na noite desta quarta-feira (17/11), a Associação Brasileira de Franchising (ABF) oficializou um acordo de cooperação com o Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio Exterior (MDIC) voltado ao setor de franquias, durante a conferência anual que a ABF promove para discutir questões relacionadas ao mercado.

“Somos a terceira entidade a assinar um acordo desse tipo com o MDIC, o que apoiará a exportação de nossas franquias”, ressaltou Ricardo Camargo, diretor-executivo da ABF. O Brasil tem hoje 70 marcas de franquias, que operam em pelo menos 50 países.

A cooperação com o Governo Federal começou há pelo menos cinco anos, sendo que os resultados mais contundentes foram vislumbrados no último ano. Para Maurício Duval, diretor da secretaria de Comércio e Serviços do MDIC, o Governo Federal tem interesse no desenvolvimento do setor de franchising e na sua internacionalização porque uma marca brasileira no exterior gerará maior projeção de nossos produtos e serviços.

“De 30 a 40% do público que visita a Disney, em Orlando, é de brasileiros. Hoje eles ficam comendo aquelas porcarias, mas se tivesse um restaurante brasileiro, como Giraffas ou Spoletto, eles correriam para lá. É uma oportunidade muito grande”, explicou Duval, com exclusividade à NOVAREJO. O acordo prevê facilitação e quebra de entraves, como licenciamento ou certificação, por exemplo.

Isso também implica em parcerias com associações de franquias de outros países, inclusive com participação em conferências. Nesse sentido, o Brasil tem parcerias com Estados Unidos, Japão, Colômbica, Chile e Paraguai.


Dificuldades

Um levantamento feito pela ESPM, a pedido da ABF, com 61 franqueadores já internacionalizados mostra que para 100% deles o fato de explorar seus serviços e produtos no exterior é a principal razão para apostar fora do País; 90% consideram a chance de atingir um mercado ainda não atendido; 70% apontaram a possibilidade de conhecer peculiaridades do país em que desejam atuar; e 65% por terem estudado meticulosamente e estrategicamente sua inserção nesses mercados.

Com relação aos obstáculos para se internacionalizar, o estudo mostra que 65% têm dificuldades em manter o padrão de negócios no exterior. Para 55%, encontrar e treinar pessoas conforme seu modelo de negócio e atender as exigências dos diferentes consumidores em cada região são as outras grandes barreiras.

Fonte: Revista Novarejo