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11/11/2010 12:42:41 - Alta da carne bovina faz subir também à suína e a de frango

De acordo com levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas( FIPE), os preços da carne bovina, subiu em média 14,7%, no trimestre agosto a outubro.

Nos açougues, a alta foi de 15,7%, com a inflação do período medida pelo IPCA sendo de 1,24%. No mesmo sentido, a carcaça do frango inteiro subiu 21,8% no período analisado.
 

Na média dos dois principais cortes suínos (lombo e costela), a alta de preço foi de 7,4% nos supermercados. Cortes bovinos de consumo popular, como acém, músculo e costela, subiram 12,9%, 12,2% e 21,2%, respectivamente, nos supermercados no período. Os cortes bovinos mais caros, como picanha, alcatra e filé-mignon, subiram, respectivamente, 18,6%, 18,3% e 8,4%.
 
É preciso considerar que, muitas vezes, o aumento relativo dos preços pode levar a conclusões falsas, pois os mesmos incidem sobre uma base pequena. Dessa forma, observa-se, por exemplo, que o aumento de 21,8% no preço da carcaça de frango representou, de fato, aumento absoluto de R$ 0,70 por quilo, enquanto o aumento de 14,7% na média dos cortes que compõem a carcaça bovina representou alta de R$ 1,73 por quilo.
 
A sincronia na elevação dos preços das carnes mais consumidas é bastante conhecida. Diversos estudos comprovaram que a carne bovina, muito provavelmente por ser a preferida pelos consumidores brasileiros, é a responsável pela alta dos preços das carnes de frango e suína, e não o contrário.
 
Seguramente, a carne de frango, com preços também em alta, contribuiu para inibir eventuais substituições na dieta dos consumidores. A alta da renda, notadamente dos extratos da população de menor poder aquisitivo, pode, pelo menos em parte, explicar o acontecido.
 
Esse poder de compra ganha um fator adicional no final de cada ano: o pagamento do 13º salário. Assim, mesmo considerando que na época das festas natalinas cresce muito o consumo de carnes alternativas, é muito provável que o mercado ganhe mais fôlego para manter o consumo interno de carne bovina.
 
Significa dizer que, diante das atuais fortes restrições de oferta, é quase certo que teremos um final de ano com preços bastante elevados não só para a carne bovina, mas também para as demais.

Em Mato Grosso e nos principais Estados produtores de carne, a estiagem, foi o reflexo do elevado abate de matrizes devido aos baixos preços pagos ao produtor entre 2008 e 2009, o que levou a umarecomposição mais lenta do rebanho nos dias atuais e a uma consequente redução na oferta e, sobretudo, a manutenção de elevadas margens no varejo. Esses são os principais motivos que explicam a elevação nos preços da carne bovina nos últimos meses, segundo a Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO).

“Os preços da arroba do boi estão atingindo recordes históricos como os R$ 112 nos primeiros dias de novembro e ainda sem uma tendência de baixa no curto prazo, mas as margens do varejo continuam excessivamente altas e não contribuem em nada para uma redução de preços para o consumidor, com alguns produtos atingindo números próximos a 120% de margem”, afirma o presidente executivo da ABRAFRIGO, Péricles Salazar.

 Estudo divulgado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), mostra, que nos últimos seis anos o preço da arroba do boi subiu 70% no atacado contra 106,64% no varejo.

 De acordo com a ABRAFRIGO, aproximadamente 70% do varejo brasileiro de carne bovina é representado pelas vendas dos grandes supermercados e é neste setor que se praticam as margens mais elevadas: “alguns cortes que estão entre as preferências do consumidor brasileiro são comercializados com margens muitos altas: em 29 de outubro, as margens do varejo para um corte como o lagarto, por exemplo, estavam em 91,70%; o patinho, em 74,04% e o alcatra-miolo em 62,91%”,  ressalta Péricles Salazar.

“Enquanto o produtor e os frigoríficos vêm mantendo suas margens em patamares condizentes com o mercado, o varejo as mantém em percentuais extraordinariamente elevados", concluiu.

 Fonte: Expresso MT