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06/10/2010 09:49:49 - Brasileiro reduz pela metade tempo gasto em compra no supermercado

 O consumidor brasileiro prefere ir a mercados mais próximos de casa para fazer compras menores e mais frequentes. O tempo médio de permanência não passa de 30 minutos, enquanto em 1998 superava uma hora.

Os dados fazem parte do estudo "Comportamento do Consumidor em Super e Hipermercados", que será divulgado hoje pela Popai Brasil, associação para o desenvolvimento do marketing nos pontos de venda.

Fatores como comodidade, falta de tempo e trânsito engarrafado explicam essa mudança de comportamento, afirma a pesquisadora do Provar (Programa de Administração do Varejo) Ana Caroline Fernandes.

E a inflação controlada desobriga o brasileiro de comprar em grande quantidade para se proteger da disparada dos preços, como era comum até o início dos anos 90.

A média de itens comprados a cada visita ao mercado caiu de 44, em 1998, para 23, em 2004, e 8, em 2010.

Isso leva as empresas a investir em unidades mais enxutas, onde a menor dispersão dos produtos permite economizar tempo, diz Fernandes. Ela ressalta que os hipermercados não estão perdendo mercado.
    Editoria de Arte/Folhapress    

"O consumidor privilegia os mercados próximos para comprar produtos perecíveis. Os demais, ele adquire mensalmente em lojas mais distantes e baratas."

Entre os 1.860 entrevistados pela Popai em 62 lojas de sete Estados (SP, RJ, RS, PR, PE, BA e MG), 24% disseram que compram no local mais próximo de casa. Esse percentual era de 22% em 2004.

Os que consomem em locais não muito distantes ainda são maioria (51%), mas a proporção diminuiu em relação a seis anos antes (55%).

O percentual daqueles que se deslocam para longe ou muito longe subiu de 23% em 2004 para 25% em 2010.

MINISHOPPINGS

Fernandes observa que, entre os mercados maiores, as redes de "atacarejo" (que vendem para comércios menores, mas também atendem o pequeno consumidor) atraem as classes C e D, em busca de preços melhores.

Já os hipermercados têm investido cada vez mais em serviços, como farmácia, lavanderia e restaurante, visando as classes A e B. "Estão virando minishoppings", resume ela.

Segundo o presidente da Popai, Chan Wook Min, o objetivo é reter o cliente pelo máximo de tempo na loja, potencializando os ganhos com compras por impulso. A pesquisa mostra que o brasileiro compra em média um quarto a mais do que planeja.

A pesquisa mostra ainda que a alta da renda das classes C e D provocou o aumento do grupo que paga em dinheiro (58% em 2010, ante 45% em 2004).

Para Chan, o aumento dos divórcios e as mudanças na divisão de tarefas domésticas explicam a maior frequência de homens nos mercados (32% ante 23%).

Fonte: Folha de SP