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09/09/2010 10:48:28 - Economia mineira supera crise

O Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais cresceu 11,8% no segundo trimestre de 2010 em relação ao mesmo período de 2009. O dado foi divulgado ontem pela Fundação João Pinheiro (FJP) e mostra um crescimento acima do PIB nacional, que teve expansão de 8,8% na mesma comparação.

Para os especialistas, a maior expansão reflete apenas a base de comparação mais fraca, não maior vigor da economia mineira frente ao quadro nacional. "Esses números confirmam uma situação: Minas foi a segunda economia mais afetada pela crise em 2009 e agora cresce sobre essa base mais fraca", diz o gerente de economia e finanças da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Guilherme Leão.

"Quando houve a queda na produção nacional, Minas caiu um pouco mais que o Brasil. Por isso, o resultado trimestral não mostra Minas em um ritmo maior que o nacional. Diria que estamos no mesmo ritmo", afirma um dos técnicos responsáveis pela pesquisa da FJP, Reinaldo Carvalho.

Já o governador Antonio Anastasia disse que os índices apresentados pelo Estado são "chineses, de tão altos". Ele creditou a expansão da economia ao planejamento. "Acho que estamos agora tendo o reflexo do chamado "bom ambiente para negócios" que criamos em Minas", afirmou.

Desaceleração. Os números do PIB mostram que, a exemplo do que aconteceu no Brasil, a economia brasileira desacelerou no segundo trimestre. Nos três primeiros meses do ano, o crescimento tinha sido de 13,3%. A desaceleração também se deve à base de comparação mais fraca, já que, no início de 2009, a crise era forte. No acumulado do primeiro semestre, a economia mineira já cresceu 12,2% e a brasileira, 8,9%.

Mesmo com a desaceleração, os especialistas mantêm o otimismo em relação ao resultado de 2010. O PIB brasileiro deve fechar o ano com alta superior a 7%. "É muito provável que Minas feche o ano com um resultado acima do nacional, mas eu não arriscaria nada acima de um ponto percentual de diferença", diz o técnico da FJP, Reinaldo Carvalho.

O economista-chefe da DLM Invista, Alberto Rocha, diz que a desaceleração deve continuar no próximo ano. "Em 2011, é provável que a economia tenha um patamar mais sustentável de crescimento", diz.

O gerente de economia da Fiemg. Guilherme Leão, teme que o alto crescimento não se mantenha em razão de gargalos como altas taxas de juros, câmbio desfavorável e carga tributária muito elevada. (com Flávia Martins y Miguel)

Indústria é destaque com alta de 19,5%
A indústria foi o destaque do PIB mineiro, com alta de 19,5% no segundo trimestre e 21,3% no ano. Entre os segmentos, mineração e siderurgia, dois dos que tiveram maior queda em 2009, tiveram as altas mais expressivas. Os dois setores, muito vinculados ao mercado internacional, recuperaram demanda e estão em expansão.
O economista-chefe da DLM Invista, Alberto Rocha, explica que a economia de Minas Gerais é muito vinculada a commodities e, por isso ,sensível aos movimentos externos. Como em 2009 a crise pegou em cheio os países compradores, produção, venda e faturamento estiveram em baixa para esses setores.
O gerente de economia da Fiemg, Guilherme Leão, diz que o setor industrial como um todo já se recuperou da crise e já tem indicadores semelhantes aos de 2008. De acordo com ele, o uso da capacidade instalada e os níveis de produção já são iguais aos que eram há dois anos e o nível de emprego já é superior.
Além de mineração e siderurgia, outros setores industriais com bom desempenho no segundo trimestre foram a produção automotiva, a construção civil e a indústria de transformação. Os outros setores da economia também cresceram: a agropecuária teve alta de 7,1% no trimestre, e os serviços, 6,9%.

Fonte: O Tempo