O setor de cartões de crédito vem passando por mudanças impulsionadas pelo fim do contrato de exclusividade entre Cielo e Visa, de acordo com levantamento divulgado nesta sexta-feira pela Dextron Management, consultoria especializada em estratégia de negócios.

O consultor Bruno Furlan avalia que tudo isso deve incentivar a concorrência, principalmente, no segmento de credenciamento, no qual as empresas são responsáveis pela filiação, gerenciamento e relacionamento das bandeiras com os estabelecimentos comerciais. "Desde o começo do mês passado, o movimento do mercado contribui para uma possível redução das taxas de desconto, que hoje representam, em média, 4% do valor de cada operação".

O elo das credenciadoras possibilita excelentes margens de lucro líquido. A Cielo e Redecard juntas realizam cerca de 90% do total de transações realizadas no País e apresentam margens de 44,5% e 45,4%, respectivamente. Já a Global Payments e Heartland Payments, duas das dez maiores credenciadoras norte-americanas, conseguiram ano passado chegar a margens de 2,3% e -3,1%, respectivamente.