A cesta básica na capital baiana subiu 5,28% no mês de março, passando a custar R$ 208,71, segundo informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). No mês passado, o valor era de R$ 198,24.

De acordo com o DIEESE, a cesta básica ficou mais cara devido à alta de preço de onze dos doze produtos pesquisados e que compõem a cesta. O tomate e o feijão foram os produtos que mais subiram de preço, enquanto que apenas o pão registrou queda (-4,55%). Os produtos pesquisados são definidos pelo decreto-lei 399 de 30 de abril de 1938.

Em Salvador, no acumulado dos últimos doze meses (de abril de 2009 a março de 2010), o custo dos alimentos básicos teve alta de 7,91%. Apesar do aumento da cesta básica em março,  Salvador continuou sendo a 7ª capital mais barata dentre as 17 pesquisadas.

Veja a relação dos produtos que subiram de preço:

Tomate: O preço médio subiu 24,14%. Devido ao excesso de chuvas, a regularidade das entregas dos produtores está comprometida e, em todo o país, as altas de preço têm sido expressivas.

Feijão: Após três quedas consecutivas, o preço do feijão registrou forte alta em março: 18,95%. As perdas de produção em função das chuvas começaram a afetar a oferta da 1ª safra, pressionando para cima os preços ao consumidor.

Café: No mês de março, subiu 3,57% em Salvador. A cotação do grão está em alta em função do aquecimento do consumo mundial e dos baixos estoques.

Leite: Registrou alta pela terceira vez seguida, ficando em 3,16% em março. A redução antecipada da produção de leite levou a uma reação no preço ao produtor, que já era esperada para o início da entressafra, além disso, as cotações internacionais têm se recuperado.

Arroz: Seguiu em alta na capital baiana: +3,06%. Apesar da alta, mês passado, foi menor que o verificado nos últimos meses. Os preços da saca de arroz já apresentam queda em todas as regiões produtoras graças ao aumento da oferta, ocasionado pelo pico da safra do grão.

Carne bovina: A alta de 2,54% é ocasionada pela oferta reduzida de animais para abate. A retomada do crescimento das exportações mantém a cotação em alta e os pecuaristas tem expectativas de melhora.

Óleo de soja: Subiu 1,27% em março. Cerca de 40% da soja produzida nesta safra pelo estado da Bahia já foi colhida, mas os preços baixos e a dificuldade de armazenamento têm preocupado os produtores. Esses fatores podem pressionar para baixo os preços ao consumidor.

Açúcar: O preço ficou praticamente estabilizado em março (0,44%). A antecipação da safra brasileira de cana e o aumento da oferta de açúcar podem equilibrar os preços futuros. No entanto, a forte demanda da Índia ainda pressiona para cima as cotações.

Fonte: A Tarde Online