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16/03/2010 14:26:38 - Dicas para as compras no supermercado

Fazer compras em supermercado não é para todos. Alguns consideram o ato uma verdadeira arte. Reabastecer a dispensa de casa requer habilidade e sensatez na hora de escolher os melhores produtos, aliando sempre qualidade e bons preços. Comprar a quantidade certa de mantimentos evita desperdícios futuros — tendência, aliás, bastante em voga nos dias de hoje. Alguns supermercados já perceberam a carência de boa parte dos consumidores por uma orientação melhor na hora das compras e passaram a oferecer-lhes um serviço extra de assessoria.

É algo como um personal compras; figura cuja finalidade exclusiva é orientar e tirar dúvidas dos fregueses na hora de comprar alimentos, principalmente, de acordo com o tamanho de cada família e a finalidade específica da compra.

A culinarista Izabela Siqueira exerce essa função há pouco mais de um ano, em uma das lojas de uma rede local de supermercados, e diz estar bastante satisfeita com a receptividade dos clientes. “Alguns até agendam comigo o dia em que vão voltar para fazer compras, para que eu os acompanhe durante todo o trajeto de escolha dos produtos. Alguns me procuram apenas para conversar. Já fiz vários amigos aqui na loja”, comenta Izabela.

O perfil do consumidor que procura esse tipo de serviço é bastante variado, de acordo com a técnica em gastronomia; indo do mais exigente (“que quer tudo do melhor”), passando pelo intermediário (aquele que compra produtos bons e outros mais em conta”), até o mais popular (“que só leva o que tiver mais barato”).

Ela resume: “Tem o que come peito de peru light e aquele que só pode comer mortadela. Mas temos que atender a condição de cada cliente, sem distinção, e não só o que come o que há de melhor.”

Izabela Siqueira comenta ainda o fato de alguns clientes não gostarem de ajuda na hora das compras, mas em sua observação diária ela diz perceber muito mais outros aparentemente com dúvidas diante das gôndolas. É a hora de se aproximar e oferecer ajuda!

Além de tirar dúvidas sobre  quantidades, a culinarista ainda orienta sobre formas corretas de armazenamento dos alimentos, como preparar porções semanais, aproveitamento das sobras das refeições, perdas nutricionais, dicas de cardápio, organiza degustações, auxilia chefs de cozinha, dá dicas para pessoas em dieta, e trata até mesmo, quando o cliente precisa, sobre produtos de limpeza.

“Na verdade, nos tornamos uma espécie de suporte na loja.  Apesar de nosso foco ser a alimentação, acabamos auxiliando em praticamente tudo”, comenta Izabela.

Quantidade e qualidade

O alvo das dúvidas mais constantes dos consumidores é a quantidade certa de alimentos básicos das refeições — feijão, arroz, macarrão, carnes, verduras e legumes — a ser comprada na feira semanal, quinzenal ou mensal.

O cálculo depende do número de membros da família, de seus hábitos alimentares e da periodicidade em que a dispensa é reabastecida. Como exemplo, ela cita uma família de quatro membros, dois adultos e duas crianças, que faz compras por mês.

Para evitar desperdícios, essa família deveria comprar 4 kg de arroz, 2 kg de feijão, 6 pacotes de macarrão e  carne. “É sempre bom ter macarrão a mais, pois pode-se fazer sopas e serve para qualquer emergência. Quanto à carne, até mesmo pelo preço, o frango tem saído mais”, diz Izabela. “Comprando uma galinha matriz de 4,5 kg dá para fazer quatro vezes e bem servido.”

Ela também ajuda a escolher vegetais, folhas e hortaliças, pois tem gente que confunde rúcula com agrião, entre outros equívocos. “Ensino a diferenciar pelo cheiro e pelo sabor.”

Para quem está de dieta, Izabela indica variedades de queijo branco, ricota, pão integral, além de apresentar os vegetais congelados, como couve, brócolis, cenoura baby, ervilha fresca, tudo empacotado, ideal para quem mora só ou àqueles sem tempo de parar para preparar almoço. “É só colocar no vapor.”

Ainda com relação às verduras, a culinarista diz ser melhor comprar um quilo de tomate,  cebola e batata por semana, ou meio quilo de cenoura, do que levar grandes quantidades mensais e deixá-las estragando na geladeira.

Desperdício não!

Sobrou feijão, arroz? Não pode jogar fora, tem que aproveitar tudo! Essa é a dica de Izabela Siqueira a quem, por comodismo, prefere jogar o refugo no lixo. Ela indica aproveitar o que sobra e fazer sopa de feijão, risoto e ainda molho de tomate, com aqueles frutos mais maduros.

“Hoje trabalhamos muito com produtos prontos, que é só colocar água e leite, pôr no fogo, e eles ficam prontos. É muito prático; principalmente para restaurantes. As pessoas querem isso, mas por terem tudo pronto acabam se acomodando”, reflete.

Outra forma de evitar o desperdício de alimentos, indicada por Izabela, é acondicionar as sobras das refeições de forma correta, colando-as em potes bem  lacrados. Ela também aconselha preparar porções diárias ou semanais para almoço e jantar, e não cozinhar tudo de uma vez e deixar o mês inteiro dentro da geladeira.

“A variação de temperatura não é saudável para os alimentos, inclusive para as carnes. Nesse congela e descongela, perde-se o valor nutricional.” Outras informações: 9177 9078 / 3644 5066.       

Detalhes fazem a diferença na hora de circular pelas gôndolas

Alguns detalhes têm bastante importância na hora das compras e fazem a diferença principalmente no que se refere à conservação de alguns alimentos. Por isso, é aconselhável seguir um determinado roteiro na hora de circular com o carrinho pelas gôndolas.

Procure deixar os alimentos perecíveis — carnes, queijos, frios, laticínios, embutidos — para os momentos finais das compras, pois, como precisam estar sob refrigeração, isso garante que eles cheguem em casa frescos, saborosos e prontos para o consumo seguro.

Ainda com relação aos alimentos a serem refrigerados, é importante ir direto para casa logo após as compras, não desviando para outros compromissos demorados. É chegar e colocá-los logo na geladeira ou freezer. Ao ficarem por duas ou mais horas no calor do porta-malas do carro, micro-organismos que estavam supostamente “adormecidos” quando devidamente resfriados ganham vida e podem gerar riscos ao organismo.

Aliás, o consumidor deve estar atento e denunciar irregularidades no freezer do supermercado ao gerente ou encarregado do setor. O equipamento deve estar sem camadas espessas de gelo em suas paredes, com uma névoa tênue sobre os produtos, que não devem estar “suando”, aparentemente sem estarem totalmente gelados. Se apresentarem alguma dessas características, provavelmente a geladeira foi desligada durante a noite, supostamente para limpeza e manutenção — ou, na pior das hipóteses, para economizar energia elétrica.

A culinarista Izabela Siqueira orienta começar o seu roteiro pelo principal da feira, o mais pesado, ou seja, arroz, feijão, açúcar, farinha. “É melhor iniciar pelo que se consome mais, deixando as carnes por último para que não descongelem.”

Depois das carnes, o consumidor pode então se ater ao que Izabela classifica como “supérfluos”, leite condensado, creme de leite, lanches e baganas em geral. Ela considera que, uma vez colocados no carrinho logo no início das compras, esses produtos possam gerar conflitos até a hora de passar no caixa, podendo ainda fazer com que algo realmennte importante fique de fora. “Aconselho também sempre vir com uma calculadora, pois ajuda a ir tendo uma ideia do quanto já se gastou.”

É importante também ser um consumidor consciente, sempre atento a produtos que não agridam o meio ambiente e tenham qualidade e valores nutricionais comprovados. Portanto, é de fundamental importância ler os rótulos e prazos de validade nas embalagens. Desconfie de produtos com informações exageradas ou surpreendentes do tipo “indicado na prevenção e cura do câncer”, “próprio para portadores de doenças cardíacas”, “aprovado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia”.

Prefira os alimentos cortados, fatiados e embalados na sua frente, no caso de queijos, presuntos, frios, embutidos e até mesmo frutas.  Além de serem mais caros, há o risco de serem sobras de outros produtos.

Consumidores aprovam dicas na hora das compras

O contato direto com clientes já proporcionou algumas experiências marcantes na função exercida pela culinarista Izabela Siqueira. Ela lembra bem de um casal bastante insatisfeito com os mil reais mensais deixados no mercadinho onde costumavam fazer as compras. Cansados do alto valor pago e com a rapidez com que a feira desaparecia da dispensa, decidiram solicitar sua orientação.

“Prometi que com mil reais eles levariam o triplo do que costumavam comprar, caso seguissem minhas dicas. Para a surpresa deles, cumpri o que prometi”, lembra Belinha, como já é chamada pelos seus clientes cativos.

Ela conta ter feito toda a dispensa, artigos da primeira necessidade, por R$200. Ainda deu comprar leite condensado, creme de leite, biscoitos, e dedicar uma outra parte para carnes e verduras. No final, a conta ficou em torno dos R$700.

“Foi tanta coisa que quase não cabia no fusquinha deles. Depois, eles me falaram que a feira durou mais de um mês; o que não acontecia antes. Era pura falta de informação”, diz a culinarista. “Eles dizem que eu ensinei tudo. Tenho o maior prazer em ajudar os interessados em aprender.”

A professora Irineide Martins classifica a iniciativa como ótima, em sintonia com as exigências dos consumidores. “O novo mercado de trabalho exige aperfeiçoamento constante e precisamos sempre de bastante informação. Esse tipo de serviço nos orienta a ter uma alimentação mais saudável.”

Fonte: Tribuna do Norte