Um lugar perto de casa, onde é possível comprar alimentos, produtos de limpeza e de higiene, com uma certa variedade. É difícil, hoje em dia, não encontrar um bairro que não tenha um ou mais mercadinhos. Tanto que os comerciantes precisam criar estratégias para vencer a concorrência e atrair mais clientes, que estão cada vez mais exigentes.

O mercado de médio porte, no bairro de Ouro Preto, em Olinda, atende a cerca de 450 clientes por dia. A nova estratégia para atrair mais consumidores é o convênio assinado com um banco que permite que os caixas recebam pagamentos das contas de água, luz e telefone.

De acordo com a gerência, os principais concorrentes são os mercados do próprio bairro. Para enfrentá-los, a estratégia é ter uma equipe de funcionários capacitados para fazer pesquisas e encontrar os melhores preços entre fornecedores.

Pagar à vista também ajuda a obter bons descontos que podem ser repassados para os clientes. O marketing é feito de maneira bem simples sempre às sextas-feiras e nos finais de semana, quando mais gente vem fazer compras. “A gente aluga carro de som e também tenta fazer propaganda na internet”, falou o gerente do mercado Everaldo da Silva.

Dona Maria José diz que faz as compras do mês num grande mercado que vende no sistema de atacado.mas vem ao mercado de bairro pelo menos uma vez por semana. Uma das vantagens para ela é a localização: fica bem no caminho entre o colégio da filha e a casa dela. “Venho aqui para comprar as coisas da semana que vai faltando”, disse.

O auxiliar de serviços gerais Niraldo Costa da Silva prefere o mercado de bairro porque não precisa gastar com passagem de ônibus. Mas acha que o atendimento poderia melhorar. “Eles podiam escolher melhor as mercadorias e também acelerar o atendimento dos caixas”, opinou.

A assistente social Alba Valéria Cavalcanti vê a simplicidade como outra vantagem dos mercados de bairro em relação às grandes redes de supermercado. “Nas redes de supermercado têm grandes marcas, coisas de luxo, ou seja, oferece muita coisa que às vezes a gente nem que comprar. A gente se ilude com as promoções e compra mais do que necessita”, falou.

Varejo

A Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores (ASPA) lançou o projeto Varejo em Ação, um programa de apoio ao pequeno varejista. “O que nós queremos é tornar o varejo mais competitivo através da capacitação e fortalecimento do setor”, explicou o presidente da Aspa, Douglas Cintra.

“O Sebrae também oferece cursos para pequenos e médios varejistas no intuito de buscar capacitação e melhorias no processo de gestão deles”, disse a gerente de Unidade de Comércio do Sebrae, Valdenice Ferreira.

Fonte: PE 360 graus / Globo Nordeste